Mas, mesmo com esse cenário animador, observamos que há um forte movimento mundial baseado na redução de açúcar em alimentos, aliada à maior demanda energética limpa. Por essa razão, o setor sucroalcooleiro se volta agora para um novo momento, com muitas oportunidades que começam a aparecer. Essas oportunidades para o setor sucroalcooleiro são baseadas principalmente na transição energética mundial onde haverá redução do uso de energias não renováveis, com consequente aumento da adoção da biomassa e demais fontes de energias renováveis.
Principais oportunidades do setor sucroalcooleiro brasileiro
Nos últimos anos, o setor sucroalcooleiro brasileiro (também conhecido como sucroenergético) vem passando por uma grande revolução, oriunda principalmente do fomento de novas tecnologias, tais como bioeconomia, transição energética e também de políticas governamentais que tornarão esse setor econômico ainda mais relevante e crucial para as mudanças que o Brasil e o mundo vêm experimentando.
Neste contexto, a head de Novos Negócios da Raízen, Raphaella Gomes, explica que o setor vem experimentando resultados significativos com a associação entre Inteligência Artificial, IoT (Internet das Coisas) e Advanced Analytics: “A aplicação dessas tecnologias traz ganhos de eficiência, aumento de produtividade e melhor gerenciamento dos recursos e processos. Nós, da Raízen acompanhamos esse movimento e atuamos, com protagonismo, nessa revolução”.
Segundo Raphaella, a transição energética mundial para uma economia de baixo carbono também trará inúmeros desafios e oportunidades para o setor e para o Brasil. “Em razão da nossa biodiversidade, potencial de biomassa e matriz energética fortemente renovável, podemos ocupar uma posição de protagonismo nesta transição, com projetos inovadores como o etanol de segunda geração e o biogás”, explica.
Biomassa da cana-de-açúcar: essencial para o novo momento do setor sucroalcooleiro
O setor sucroalcooleiro é um grande produtor de biomassa (bagaço). Essa biomassa é, e continuará sendo, crucial para o processo de transição de uma economia baseada em combustíveis fosseis para uma economia baseada em energia renovável.
Segundo a head de novos negócios da Raízen, a biomassa já ocupa uma posição relevante na matriz energética brasileira, uma vez que é uma fonte de geração de energia constante, com pico de produção em épocas em que os reservatórios das hidrelétricas estão mais pressionados.
“Com a biomassa pode ser produzido etanol, pellets para substituição de carvão e diesel em plantas geradoras de energia, bem como uma série de produtos químicos como plásticos e solventes”, diz.
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