Segundo o doutor em solos e nutrição de plantas e docente na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Marcelo Rodrigo Alves, as principais análises de solo se baseiam na determinação de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S) e micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn e Cl), além do pH e do teor de alumínio no solo.
Porém, o professor da Unoeste ressalta que o primeiro passo para a realização de uma boa análise de solo é a realização da coleta das amostras do mesmo.
“A amostragem de solo é uma prática relativamente simples, mas baseada em procedimentos técnicos que, se não forem corretamente seguidos, irão comprometer, parcialmente, ou até mesmo totalmente, os resultados analíticos da análise”, diz.
Marcelo Alves acrescenta ainda que existem vários fatores que interferem no procedimento e na profundidade de coleta e que precisam ser considerados, como:
- Tipo de exploração da terra (culturas perenes, anuais, pastagens);
- Sistema de plantio (plantio direto, plantio convencional);
- Manejo da adubação (adubação em linha, adubação em área total); e
- Sistema de coleta (coleta em grid visando agricultura de precisão, ou convencional de forma aleatória na paisagem).
O professor ainda ressalta que esses fatores podem tornar o sistema de coleta mais ou menos complexo, porém as análises a serem realizadas serão sempre as mesmas.
Devido à importância da amostragem ela deve ser realizada com muito cuidado, por pessoas treinadas e com o acompanhamento de agrônomos.
A frequência da análise dependerá do uso do solo
Hoje em dia, a análise do solo é uma técnica muito comum entre os produtores rurais, todos sabem da sua importância e realizam as amostragens e análises químicas dos nutrientes do solo.
Entretanto, muitos deles ainda não sabem definir com exatidão qual deve ser a frequência para a realização das amostragens e análises do solo.
Realmente a frequência é bastante variável, Alves ressalta que ela pode variar de um a vários anos pois dependerá de vários fatores.
“A frequência dependerá da intensidade da adubação, do tipo e do número de culturas, de ciclos curtos consecutivos ou culturas perenes, se o solo é mais arenoso ou argiloso, etc., portanto, considerar tais fatores para definir a frequência é fundamental”.
Em geral, para áreas com culturas anuais em solos arenosos, recomenda-se fazer nova amostragem após o terceiro cultivo, enquanto em solos argilosos uma nova amostragem deverá ser feita somente depois do quarto ou quinto cultivo.
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