Antônio Faganello
Pesquisador da Embrapa Trigo - Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia Agrícola, pesquisador da Embrapa em Mecanização Agrícola
Antes de iniciar a semeadura das culturas de verão, como soja, milho e feijão, alguns aspectos devem ser considerados para assegurar a adequada dosagem e deposição de sementes, permitindo condições favoráveis ao estabelecimento, ao desenvolvimento e à produtividade da lavoura.
O processo de semeadura e o conseqüente estabelecimento da população de plantas em uma lavoura são influenciados por diversos fatores, que podem atuar isolados ou combinados, relacionados na interação sementes, solo e semeadora.
De forma geral, no cálculo do número de sementes a ser dosada por metro linear, acrescentar 15% a 20% de sementes para compensar as perdas ocasionadas pelo poder germinativo e pureza da semente, furos do disco dosador não preenchidos, danos mecânicos, ataque de pragas, doenças e outros.
A eficiência do mecanismo dosador de sementes está intimamente relacionada com a adequada regulagem e manutenção. A precisão de distribuição linear das sementes é altamente influenciada pela altura do dosador em relação ao solo.
Outro fator que afeta a precisão dos dosadores é a velocidade de trabalho: velocidade acima de 9 km/h, normalmente, ocasiona má distribuição linear de sementes. Dados de pesquisa indicam que a razão de distribuição de sementes, a uniformidade de distribuição linear de sementes, o índice de emergência de plântulas e a demanda de potência no trator são afetados pela velocidade de deslocamento da semeadora.
A velocidade sugerida para a operação de semeadura é de, no máximo, 4km/h para milho; 5km/h para soja; e até 6km/h para os cereais de inverno.
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