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Digitalização do agro é destaque no primeiro dia da Agrishow Experience

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Hubs de inovação, agtechs, conectividade e agricultura 4.0 foram alguns dos caminhos apontados pelos participantes para aumento da produtividade

O primeiro dia da Agrishow Experience começou com a apresentação do Agrishow Labs, por Clayton Guimarães e Fernanda Montefore, ambos do CORE Innovation Drive; projeto para transformar ainda mais o mundo do agronegócio, buscando o que há de mais surpreendente para mais perto. Afinal, segundo Fernanda, o agricultor está cada vez mais conectado.

“A proposta é conectar startups, empresas e pessoas. Levar tecnologia para todos os produtores empoderando pessoas, empresas e instituições. Além de mapear as startups agrícolas no País”, explica Guimarães. Para Eduardo Cicconi do Supera Parque, é importante saber quais tecnologias que estão sendo desenvolvidas ao agro, pois o setor representa 20% do PIB brasileiro.

Agrishow para elas

O desenvolvimento de soluções via agtechs também foi tema da conversa com Luciana Dalmagro: “startup fala-se sempre como tecnologia, isso me inquietava, por que não de startup de produção? Agro não é só de commodity, há um universo enorme no agro”. Atualmente, Luciana divide seu tempo atuando com o marido no desenvolvimento de soluções escaláveis para o agronegócio, como produção de flores comestíveis e na fazenda da família.

Na propriedade ficou com a responsabilidade de incorporar sustentabilidade como parte do negócio no ambiente rural acontece por várias vias, gerar energia reaproveitar água que usamos na produção.

Na opinião da diretora executiva da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Teresa Vendramini, esse movimento realizado por Luciana de voltar para a propriedade da família deve ser valorizado: “a sucessão familiar precisa caminhar! Que os jovens deem continuidade aos trabalhos do agro”.

Para a consultora de negócios do Sebrae, Eliana Germano, o processo de sucessão deve envolver toda a família e é necessário identificar aptidões: “Quem quer ficar na propriedade?” questiona. Muitas vezes de um grupo de três irmãos, por exemplo, somente um está disposto a permanecer da propriedade e tocar os negócios.

Ainda segundo Eliana é preciso pensar também em qual a herança que a família quer passar e receber, “Sempre se pensa em recurso financeiro, mas nossa formação: valores, princípios e caráter também são herança”.

Onde e como investir para lucrar mais na próxima safra

De acordo com o José Polidoro, pesquisador da Embrapa Solos, vivemos um ano de altar marcantes no preço dos insumos, um ano de seca perdurando por ate duas safras em algumas regiões do Brasil, o que justifica um cuidado maior com a “febre dos bioinsumos; “Essa tecnologia ainda não está dominada, e não é para qualquer um”, afirma.

“A seca vivemos há dois anos e ainda ouvimos que 2021 não seja tão chuvoso. Além disso, o preço de insumos é difícil de administrar pois é mercado externo. Mas seria interessante termos alternativas para isso, pois haverá pressão do preço na outra ponta (consumidor) o que é desfavorável ao mercado”, explica Jerson Silva da Corteva.

Para Cesário Ramalho da Abramilho o real desafio do agronegócio brasileiro é aumentar produção, temos que ter ganhos de produtividade, tem que esquecer extensão de área e produzir mais nos mesmos locais, investir nas máquinas, terras, técnicos e pessoal.

“Preservar minas de água da propriedade, realizar um bom trabalho de solo, implantar o sistema iLPF (integração Lavoura-Pecuária-Floresta)”, aponta Ramalho. Polidoro, por sua vez, lembra que regiões da Bahia que não produzem gado passaram a planta brachiaria, pois o capim ajuda na retenção de água e de matéria orgânica no solo.  

Tecnologias e inovações ao alcance do produtor rural

Possíveis soluções para os questionamentos de Silva e Ramalho, podem ter sido apontados por José Bueno da Trimble: “Brasil é grande fornecedor global de commodities, somo terceiro maior produtor de milho. Quando olhamos de forma geral, para agricultura os preços estão positivos, embora estejamos sentindo atrasos da chuva. Esse é o momento para investir em tecnologia para ter uma produção mais eficiente. Em um momento de incertezas de tempo é uma grande oportunidade para investir, o retorno é muito rápido”.

Diego Aviar da Vivo indica que está na agenda da empresa trazer soluções digitais ao produtor que sejam implementadas no dia a dia, “podemos ver a quantidade de startups dedicadas ao agro negócios, tanto porteira para dentro ou para fora, isso é um indicador da necessidade de novas soluções”.

 

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